terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Farmacia

                                           FARMACIA.





- Por favor, tem Paixão?
- De vários laboratórios...
- E Paciência?
- Genérico serve?
- Crítica?
- O governo proibiu, faz mal aos políticos!
- Fé?
- Só com prescrição religiosa.
-Emoção?
-So´com recordação.
- Desejo?
- Farmácia popular tem.
-E  Esperança?
- Parcelada, 3 vezes no cartão.
-Carinho e Alegria?
-Só á vista.
-E  Amor?
- Pílulas ou gotas?
-Não faz diferença
Amor, seja como for
Alivia a dor.


Autor: Marco Antonio E. Da Costa.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A Flor e a Fonte.

                                    A Flor e a Fonte.



Trovas. Poesias populares de 4 versos (quadras),inseridas no folclore e cotidiano de um povo. As trovas Brasileiras remetem a herança medieval Lusitana.   






                                A Flor e A Fonte.



“Deixe-me fonte! ``dizia
A flor, louca de horror.
E a fonte sonora e fria,
Seguia levando a flor.

“Deixe-me, fonte!”
Repetia a flor a clamar
“ Eu nasci no monte...
Não me leve para o mar!``

E a fonte, rápida e esguia
Com olhar zombador,
O curso da água seguia
Sempre tocando a flor.

“ Ramagens de meu galho
Terra do berço meu
Suaves gotas de orvalho
Vindas do azul do céu... ``


Chorava a flor e gemia
Pálida, branca de terror,
A fonte, lacônica
Rolava guiando a flor.

“Adeus sombra de ramadas,
Cantos do rouxinol,
Sons da madrugada
 e doce por - do –sol.”

“Caricias de brisas leves
Que vem com raios de luar...
Fonte, não me leves
Para o desconhecido mar!”

As correntezas da vida
E os cacos de meus amores
Resvalam em uma descida
Como a da Fonte e da Flor.


Autor: Marco Antonio E. Da Costa.